Existem várias nomenclaturas no universo do design para definir um único nome. A palavra layout, por exemplo, pode significar uma prova de como a criação ficou, uma estruturação de ideia, ou um projeto pronto esperando para ser aprovado e finalizado. Vamos entender o conceito de cada uma dessas expressões e acredite: muitos ousam dizer que são a mesma coisa, mas não são! Vamos lá!
Após a visita técnica e levantamento de dados físicos: medidas da área a ser reformada ou modificada e fotografias; depois de elaborado o briefing do cliente e do programa de necessidades, o designer ou arquiteto faz o diagnóstico utilizando três perguntas básicas:

Está relacionado ao levantamento de medidas de área e fotografias, que é
documentação física-sensorial-cultural. Uma descrição dos elementos existentes.

Está relacionado ao Programa de Necessidades e às preferências
do cliente, aos seus objetivos. É importante, nessa fase, o desenvolvimento
de diagramas de inter-relação do programa de necessidades com o espaço físico.

Está relacionado não só à análise crítica do espaço físico, suas materialidades e sistemas construtivos, mas de uma investigação do que se pode ou não alterar, do que se pode controlar, do que é permitido por legislações internas ou públicas, normas e instruções normativas; ou seja, os limites técnicos, legais e os prazos, e, por fim, o conceito.
Então vem a hora de transmitir a ideia do que se desenvolveu depois de responder as três perguntas básicas, transmitir a atmosfera conceitual, a essência do design que está propondo. Qual estilo dos móveis, quais serão as texturas, quais os tecidos, qual a paleta de cores, que transmitam
objetivamente a temática do projeto, o estilo do cliente que foi identificado através do briefing.
Painéis Semânticos
Imagine-se nos anos 30: as únicas tecnologias eram o rádio, o telefone e a TV que existia somente na Alemanha, Inglaterra, EUA e União Soviética. Como fazer um painel projetando o mapeamento de ideias, estilo e conceito para o cliente do seu projeto sem a internet? O termo painel semântico, data desses anos e navega entre as escolas de Bauhaus e ULM. Este termo refere-se ao ramo da linguística que estuda o significado das palavras. Eram feitos com imagens de publicações de revistas e jornais, o que era bem difícil, pois naquela época quase não existia, e buscava através dessas imagens demonstrar o significado das ideias, não a demonstração do móvel em si. Muitos designers quando viajavam para fora do país faziam alguns investimentos comprando revistas e publicações locais para entenderem o estilo daquela região ou cultura. Esses materiais acabavam servindo para a montagem dos painéis semânticos. Portanto, a categorização dessa pesquisa geralmente era feita através de uma linha do tempo e eram colocadas apenas as referências relevantes para o projeto. Eram mais ou menos assim:

Hoje em dia, do ponto de vista prático, essa técnica consiste em reunir diversas imagens referenciais sobre os aspectos relativos a apresentação, que devem ser divididas em três grupos principais: objetos, pessoas e ambientes. Em seguida, elas precisam ser organizadas em um painel, para que todos os observadores possam, através de pontos de vista distintos, observar, refletir e articular as características citadas nestas referências. Do painel semântico, pode-se extrair referências básicas, tais como cor, forma e textura, e conceitos subjetivos, como metáforas, símbolos e figuras de linguagem, assim como o estilo de vida ou emoções que dizem respeito ao seu público-alvo.
Ele é uma colagem de sensações e experiências muito mais aprofundadas e rebuscadas! Mas ainda mantém a ideia de transmitir somente o conceito!



Percebam que nesse tipo de painel, não há identidade dos móveis e objetos decorativos que serão utilizados, mas o que prevalece é o estilo, a cor, a textura, o conceito!
Mood Board
Com o avanço do Design, o Mood Board entra em cena principalmente na década de 80 e é estruturado pela indústria fashion. É importante entender que a Chanel já utilizava a Mood Board em suas concepções de coleções. Quando a tendência ganhou seu “espaço” de estudo, por volta dos anos 80, a indústria fashion entendeu que era preciso entrar no mundo do usuário da coleção e eles começaram a mapear o temperamento do grupo de usuários através dos hábitos de consumo. Então, a prancha Mood Board era criada colocando essas preferências de consumo do grupo (ou pessoa), estilo, desejos, sonhos e por ai vai… A Mood Board foi um das inspirações para os primeiros métodos de Empatia criado pelo Design Thinking e UX. Mas ainda hoje ela se mantém como ferramenta de “mood-fashion” e não criativa, ferramenta para entender a próxima etapa de um produto, coleção ou apenas para medir a preferência do usuário. Ela se difere do painel semântico porquê ela coloca além do somente conceito: ela coloca a marca do objeto ou móvel e traz o estilo entrelaçado e pronto! Veja algumas captadas no google!









Prancha Conceito ou Prancha Conceitual
São a mesma coisa! Acontece no ante projeto, quando começamos a pensar na elaboração e composições que conversem com o conceito, são imagens que personificam o conceito ao projeto, as cores e critérios escolhidos que nos remeteram a ele, usado para a aprovação e interação com o cliente de como será o projeto final. É um estímulo visual, contendo representação gráfica, fotográfica e tátil de uma ideia que possibilita ao cliente o entendimento da atmosfera que se deseja criar juntamente com o estilo e elementos que irão compor o espaço proposto. Busca destacar seus benefícios e qualidades. Normalmente são montados em pranchas grandes para que a visualização seja fácil. Mas não há um tamanho padrão para se fazer uma prancha conceito, e, embora existam pranchas normatizadas (A1, A2, A3, etc.), ele pode variar. Após decidir o tamanho da prancha conceitual, você também precisa definir a orientação da página. E serve para você não se perder e para o cliente fixar o conceito criado, mantendo com mais segurança o projeto inicial até o fim.
Ela é uma mistura do painel semântico com alguns aspectos do mood board. Mas não se engane: não misture as concepções, nem diga que são a mesma coisa!

Então para você fazer uma prancha conceito ou conceitual completa, deve conhecer intrinsecamente o cliente, seu espaço e suas necessidades, se for pessoa física, e se for pessoa jurídica, deve também conhecer profundamente o cliente, seus produtos e serviços, suas necessidades, seu espaço e principalmente seu público-alvo, sugestionando e demonstrando os seguintes elementos:
Pessoa física – Materiais e revestimentos (qual tipo de piso se laminado, porcelanato, vinílico, concreto etc/ qual tipo de revestimento, por exemplo, para a sala de estar: madeirado, papel, tinta fosca/ qual tipo de porcelanato se fosco, antiderrapante, liso etc), iluminação (será fria ou quente? colorida ou branca? será decorativa ou funcional?), paleta de cor com todas as nuances, mobiliário (linhas retas, curvas, agas ou esses, retangulares ou circulares ou outros padrões como marchetados, madeira talhada, estofados etc) e objetos decorativos (luxuosos, sofisticados, rústicos, artesanais, vidros, porcelanas etc). Podem ser feitas várias pranchas conceituais, uma para cada tipo de elemento: materiais e revestimentos, paleta de cor, iluminação, mobiliário, objetos decorativos, não importa. O que conta é a sua criatividade em expor a variação de elementos, porque isso é como uma identidade, é só seu, é sua arte, seu material de trabalho!

Pessoa jurídica – Materiais e revestimentos, iluminação, paleta de cor, mobiliário o objetos decorativos, operacionais e funcionais, e, quando o cliente te dá autoridade plena para traçar um padrão completo para seu estabelecimento focando em franquia, também é necessário colocar os elementos música (mpb, bossa nova, italiana, grega etc) e aromatização (amadeirado, cítrico, frutal etc).

Vejam mais Painéis Semânticos, Mood Boards e Pranchas Conceituais!






































Grandes dias a todos! Espero que tenham gostado.
Fonte de blogs espalhados pela internet.